30 de jun. de 2014

Como customizar sua moto sem entrar em falência - Intruder 250

Bom pessoal, a maioria de vocês deve saber que a minha moto é uma intruder 250, ano 1997 que eu uso diariamente, pra trabalho, lazer e viagens. E porque a Intruder?
Oi, eu nasci assim, mas não quer dizer que eu tenha de ser sempre assim..

1- Requer pouca manutenção
2- Pouco visada por ladrões
3- Gostosa de pilotar
4- Permite uma gama variada de personalizações.

E é do 4º item que vamos falar. Apesar de ser uma moto considerada "custom", não tem as pedaleiras avançadas como as motos da categoria, e sim em posição bem "street" o que a deixa em um patamar separado no que toca á personalização.
(obs: vou usar a intruder como exemplo porque conheço bem a moto, mas essas dicas podem servir pra qualquer moto, devidas as proporções)

Mais sabores que sorvete napolitano..

Aqui abaixo eu vou citar 3 opções de personalização, que requerem poucas modificações e quase nada em dinheiro. Logicamente só vou citar a base do estilo, fora essas modificações, você pode trocar piscas, espelhos, para-lamas, colocar sanfonas nas bengalas ou o que mais sua imaginação e bolso mandarem.
A nossa Intruder 250 tem na sua maioria rodas raiadas e não de Liga leve.

1- Café Racer
A moda das café chegou forte. Para ser uma café racer existem diversos itens à serem considerados ( Veja nossa Matéria sobre as Café Racers! ) mas mudanças básicas já deixam sua Intruder com jeitão "CR" pra depois você ir personalizando.
Curte um cafézinho?

1- Abaixe a cabeça: Abaixar a suspensão dianteira em apenas 1 ou 2cm começa a mudança, alterando o angulo de cáster e deixando a moto mais precisa nas mudanças de direção. Custo Aproximado: R$ 0,00

2- Morcegando no café: O Guidom estilo morceguinho cai muito bem nessa moto, custa pouco e você mesmo pode trocar. Custo Aproximado: R$ 30,00

3- Empinando a Bundinha: Levantar a traseira completa a mudança da ciclistica. Amortecedores da YBR são mais longos e perfeitos para essa mudança. Se quiser ir mais fundo, pode trocar a roda traseira por uma aro 18, pra deixar na mesma medida da dianteira, mas aí já sai mais caro. Custo aproximado: R$ 100,00 (par de amortecedores) R$ 300,00 (roda traseira aro 18+ Pneu)


2- Scrambler
Aqui a idéia é deixar a moto com alguma capacidade fora de estrada. ( Veja nossa matéria sobre as Scramblers! ) A mudança é parecida com a Café racer na traseira, mas na frente não precisa alterar nada (além de pneus).
Troca meu sapato que eu te levo pro mau caminho..

1- Sapatos: Pneus On/Off valem á pena, na frente, aro 18 não é dificil encontrar (mas podem exigir reposicionar o para-lamas) mas na traseira aro 16 pode esquecer. Custo Aproximado: Varia do pneu escolhido.

2- Barra larga: Guidom de moto offroad é uma otima pedida, plano e largo. O da XRE é perfeito (eu sei, tenho na minha moto) Custo Aproximado: R$ 25,00

3- Na traseira a coisa muda de figura: Aqui é que a sua scrambler nasce de verdade. A roda tem que mudar pro aro 17, assim você terá opções de pneus fora de estrada, e os amortecedores da YBR são bem vindos pra não raspar nada e levantar a traseira. Custo aproximado: R$ 100,00 (par de amortecedores) R$ 300,00 (roda traseira aro 17+ Pneu)


3- Chopper
É a opção mais vista por aí. A modificação pode ser simples (só colocar alongadores nas bengalas dianteiras) quanto extensa (cortes no quadro, alongamento da balança traseira, roda dianteira aro 21, guidom "seca-suvaco", comandos avançados e por aí vai..). Aqui vou explorar o minimo pra sua moto ficar nesse estilo.
Boooorn to be wiiiiiild!!

1- Nariz pra cima: Alongadores de bengala são uma necessidade nesse estilo. Custo aproximado: R$ 180,00

2- Atitude nas barras: Guidons altos e/ou largos passam a atitude da coisa. o da CB 400 II ou da Virago 250 são muito usados. Custo aproximado: R$ 130,00 (virago) ou R$ 35,00 (CB)

3- Bunda pra baixo: Aqui a roda traseira aro 16 é perfeita, nada muda nela. Só se reduz o amortecedor, seja reduzindo as molas ou trocando os amortecedores por outros menores. É preciso cuidado pra não raspar nada quando estiver carregado e/ou com garupa: Custo aproximado R$ 80,00 (Amortecedores ou molas menores)

Espero que essas dicas te inspirem á deixar sua moto com sua cara, mesmo que não seja uma intruder. Não importa o estilo, o importante é continuar curtindo sua moto.

Vamos que vamos, Di Motoca sempre!

Garupas

Sempre atentos, só que não..


26 de jun. de 2014

Scrambler - Que diabo de moto é essa?

O Visual "trator de 2 rodas" agrada a galera!
As influências:
O que dá se você misturar capacidade offroad, com visual retrô? Uma Scrambler! Pra entender melhor de onde isso veio, vamos voltar no tempo, já que a origem das scramblers se mistura com a origem do motociclismo fora de estrada. No início dos tempos motociclísticos, não havia isso de "moto esportiva, moto custom, moto touring".. moto era moto e acabou.

Então vieram as guerras mundiais, e alguém achou que a melhor maneira pros mensageiros se locomoverem em meio ao campo de batalha era sobre uma motocicleta. Mas como você deve imaginar, o terreno não era liso e suave em meio à guerra, e surgiu a necessidade de capacidade todo terreno. A solução foi pneus com cravos em motos comuns. Esse foi o primeiro passo.
Você acha perigoso ser motoboy? Sabe nada, inocente!
Após a guerra, alguns veteranos pegaram gosto pela coisa, e começaram a fazer seus saltos e trilhas aos fins de semana, assim começou a surgir o motocross e as dirt trackers. E Pra ter melhor capacidade, suas motos eram fuçadas nas suas garagens.
Confia em mim que eu sei o que estou fazendo!
Anos mais tarde, na década de 50/60, fabricantes de motos ingleses exportavam suas motos para os estados unidos, e somando isso à tendencia surgida no pós guerra deu origem ás motos Scramblers que conhecemos hoje. Como o movimento surgiu na mesma época das Café Racers ( Veja aqui nossa matéria sobre as Café Racers!) acabaram sendo tendencias que tem uma identidade visual em comum. Muitas vezes as Scramblers são mencionadas como "café racers pro fora de estrada" o que não está muito errado do ponto de vista estético.
Até que se parecem, não?

Café com terra! Scramblers são as irmãs sujas das Café Racers.

Atualmente:
Com a volta da tendência rocker/retrô as scramblers estão de volta, e pra quem quer uma moto estilosa, polivalente pro uso diário e com alguma capacidade de fora de estrada, pro fim de semana as scramblers são uma boa pedida. Alguns fabricantes oferecem scramblers "de fabrica" como a Triumph e a Ducati que está com sua scrambler "no forno" pra lançamento em breve.
A tradicional Triumph Scrambler - vem assim de fábrica, não tem que fuçar em nada.

A Scrambler da Ducati ainda não foi lançada, mas deve ser algo parecido com isso. Linda!

 Não são motos de trilha, mas chegam naquela cachoeira ou mirante com mais facilidade que a maioria das motos.Mas assim como as Café, o legal do estilo é modificar sua moto em casa, na sua garagem, e gastando pouco. As motos de baixa cilindrada são especialmente indicadas pra isso, já que são leves e mais manobráveis, o que facilita muito no uso longe do asfalto, e simplicidade é a tônica do estilo.
Eu mesmo, tenho uma intruder 250 scrambler, e a maior parte do trabalho fiz eu mesmo. olha ela aí:
Minha Trudi Marvadinha!

Abaixo alguns exemplos da internet de scramblers, pra te inspirar à colocar sanfonas nas bengalas e pneus de cravos na sua motoca!





















No asfalto ou fora dele, com muito estilo, e "Di motoca" sempre!

Airbag de moto

Eu desconfio que não era bem isso..

25 de jun. de 2014

Famosos Di Motoca - Mateus Carrieri


Esta semana a equipe do Di Motoca foi gentilmente recebida pelo ator Mateus Carrieri. Apaixonado por motos desde criança, começou com uma TT 125, comprada logo com o primeiro salário como ator e não parou mais. Hoje entre uma apresentação, um ensaio e uma gravação, na vida corrida da profissão, pilota essa HD Heritage altamente customizada, linda de morrer (veja mais detalhes técnicos dela abaixo). Segue a entrevista!

Di Motoca: Mateus, fala como começou sua paixão por motos, com que idade você começou a pilotar?
Mateus Carrieri: Desde criança sempre tive o sonho de ter motocicleta, mas meus pais nunca deixaram. Eu tinha essa vontade. Assistia Mad Max, ficava louco, mas não tinha jeito, em casa era maior jogo duro. Aí fui morar no Rio (de Janeiro), com 17 anos fazer minha primeira novela, na Globo, tinha um salário legal, morava sozinho, não deu outra: comprei minha primeira moto, uma TT 125
(essa não é a moto do Mateus, só pra ilustrar!)

Eu não sabia andar de moto. Aprendi a andar naquela TTzinha. Aí, seis meses depois comprei uma DT 180. Depois, quando fiz 18 anos tirei a carta e não parei mais. Fui subindo de cinlindrada e a paixão crescendo, aquela coisa de espírito de liberdade, ir para qualquer canto, não ter aquela coisa claustrofóbica do carro. 

DM: Então você usa a moto no dia-a-dia?
MC: Uso. Vou trabalhar de moto, vou para o teatro, estúdio, fazer minhas coisas, tudo de moto. Pego o carro raramente quando vou sair com as crianças e a família.

DM: E o que é a moto para você hoje? Não é só seu meio de transporte?
MC: Além de ser meio de transporte, como eu gosto de customizar, de mexer nas características da moto, virou uma higiene mental, um hobby. É o que me relaxa, procurar novidades, ver o que estão fazendo nas motos, o que eu posso fazer na minha moto

DM: Você já interpretou algum personagem motocilista?
MC: Já, já sim. Na novela "Os Imigrantes" eu andava de Lambretta, era ambientada nos anos 50, no SBT, em "Jogo do Amor" eu usava uma CB-400.

DM: Vc faz parte de algum motoclube?
MC: Não. Eu não viajo muito por causa do teatro, estou emendando uma peça na outra. Adoraria, mas relamente não dá. Eu conheço a galera de moto clube, do Rogue, da Harley, mas não consigo ir nos passeios por causa do teatro.

DM: E por falar em teatro, fala um pouco do seu projeto atual.
MC: Estou no teatro do SESC com a peça "Nossa Cidade" de Thorton Wilder, sob a direção de Antunes Filho, peça que ganhou o prêmio Shell de direção. (Nosso editor Claudio "Coscobeu" foi assistir a peça e adorou! Recomendadíssima!)

Mateus Carrieri falou também das modificações que fez na sua Heritage:

"A moto é uma Heritage 2008, comprei zero, com 500km eu já fiz a customização. Está com 18 mil km agora. Troquei comando e varetas, coloquei Andrews, coloquei um Thundermax, que é um módulo de injeção bem moderno, então ela ficou com um torque mais forte. As ponteiras, escapamentos, riders, são todas peças exclusivas, feitas em latão no torno, não tem duas iguais. É uma moto bem nova, com mecânica impecável e muito exclusiva!"





Curtiu a moto? Já se imaginou montado nessa moto? A boa notícia é que ela pode ser sua! Mateus Carrieri quer investir e customizar uma Café Racer agora e colocou essa jóia à venda! Entre em contato conosco para saber mais detalhes!

Para ir ao teatro, ao cinema ou até mesmo para correr para casa e não perder o último capítulo da novela, vamos sempre Di Motoca!









Te Conheço?


24 de jun. de 2014

A Moda agora é café! E café forte!


Uma moda que tem vindo muito forte é a das Café Racers. Mas muito se engana quem acha que essa é uma tendencia nova. Esse movimento começou faz um tempo já, no fim dos anos 50, na Inglaterra.
Nessa época, os jovens, se encontravam nos cafés à beira de estrada, pra ouvir o Rock n' Roll, e eram chamados de "Rockers".

Como motocicleta e rock tem tudo à ver, não demorou pra que o pessoal começasse á apostar corridas entre um café e outro, e assim surgiram os "Café Racers". Essas motos se caracterizavam por ser modificadas nas garagens, pra correrem aos fins de semana, e acabaram por criar um estilo próprio.

Rockers e Racers
Hoje em dia, essa estética Rocker está em alta, e as motos Café racers voltaram à ser moda, e se espalharam pelo mundo, inclusive no Brasil. Das cafés também se originaram outros estilos, como as Brat, mas isso é assunto pra outro dia.

Quais são as características das café racers?
Eram motos feitas pra correr, portanto, apesar da estética retrô, são motos de cunho esportivo, que mesmo paradas remetem à velocidade. Abaixo algumas dicas pra reconhecer uma café racer:

1- Rabeta:
Um dos traços mais marcante das café racers é a rabeta, em formato arredondado, imitando as motos de competição da época.
Gosta da bundinha redondinha e empinada?
2- Guidão:
Como motos de competição, os guidões (ou semi guidões) são colocados em posição baixa, pra deixar o piloto abaixado e melhorar a penetração aerodinâmica.
O Famoso Guidão "Morceguinho"
3- Farol:
Não podemos esquecer que apensar de serem esportivas são motos "de época", e combinam muito com faróis tradicionais redondos (ás vezes dois farois). Farois amarelos também são bem cotados, já que ajudavam à ver através da neblina britânica em meio aos rachas.
Café de "Zóio Amarelo"
4- Motorização:
A motorização era variada, já que qualquer moto na época era utilizada. Existem racers de 1,2 cilindros, 3 ou 4 cilindros. O importante era "envenenar" o conjunto.
Não parece uma cafeteira?
5- Somente o necessário:
Como tudo o que pesa te deixa mais lento, tudo o que era desnecessário era retirado ou aliviado na moto. Bateria retirada (ou substituida por outra menor) retrovisores e qualquer coisa que não fosse absolutamente essencial era deixado em casa.
Minimalista, sem frescura.

Hoje em dia:

Como hoje em dia, ninguém em sã consciência vai ficar tirando racha na rua, o barato é ter uma moto com a estética agressiva, mas para ser utilizada no dia a dia. São motos estilosas, e como são em sua maioria ágeis, se mostram opções prazerosas pra uso urbano, o que ajuda cada vez mais á popularizar essas motos, independente da cilindrada.
Alguns fabricantes, de olho nessa moda, lançaram motos que remetem à essa estética, como a Triumph com a Thruxton, ou a BMW com a Nine-T.
BMW Nine T
Triumph Thruxton
Mas a grande pegada dessa onda, é pegar uma moto comum, ordinária, e transformar em algo com sua personalidade, e sem gastar muito (afinal, os Rockers também não tinham grana!) e de preferência na sua propria garagem (ou com um mecanico de confiança), sendo assim, motos usadas dos anos 80/90 são ótimas bases pra essas personalizações, e que podem ser feitas sem gastar muito, como por exemplo as Honda CB400/450 e Suzuki Intruder 250.
Olha o que dá pra fazer com uma CB 450!
A Intruder 250 vira cafézinha sem precisar fazer quase nada.
Abaixo Alguns exemplos, tirados da Internet:
Isso, meus caros é uma Virago!

As kawas são otimas pra fazer café!

Uma CG 125 - Belo Cafézinho!

Café Americano - Harley 883!
Seja café racer ou café com leite, vamos que vamos, "di motoca" sempre!!